Voluntários e peregrinos fazem balanço positivo da organização da JMJ

por Mariana Ribeiro Soares, Nuno Patrício - RTP
Nuno Patrício - RTP

Ao quarto dia da Jornada Mundial da Juventude, os milhares de peregrinos e voluntários que por estes dias têm preenchido o Parque Eduardo VII fazem um balanço positivo da organização. Mas este evento não está isento de alguns reparos por quem cá passa. A localização e o número de casas de banho são as principais críticas comuns.

Neste evento de dimensão global, a avaliação por parte dos peregrinos e voluntários em relação à organização portuguesa é muito satisfatória.

Ana Sofia Pascoal, voluntária e chefe de equipa na área da logística, diz que o “feedback” que têm recebido até agora “é positivo”.


“Num evento destas dimensões há sempre coisas a apontar, há sempre pessoas que vão ter algo a dizer de coisas que correram menos bem. Mas das reuniões e formações que temos tido, ainda não há nada de alarmante a apontar. Portanto, acho que até agora tudo está a correr como devia”, disse a voluntária de 22 anos à RTP.

Mesmo aqueles que participaram em edições anteriores da JMJ tecem elogios à organização lisboeta.

Para o padre Pedro, do Algarve, esta é já a sua terceira experiência numa JMJ, tendo também participado em Madrid (2011) e em Cracóvia (2016). Diz estar “agradavelmente surpreendido” com a organização de Lisboa.

“Está muito boa, perfeita. Tudo está muito coerente, muito intuitivo”, afirmou. “Temos imensas pessoas que nos ajudam, nomeadamente nos transportes. Estou muito contente. Mesmo em comparação com as outras jornadas, acho que estamos muito bem”, acrescentou.

O ambiente em Lisboa também não fica “nada atrás” daquele que Pedro viveu em Madrid e Cracóvia. “É um ambiente de alegria, de felicidade, de juventude, de frescura”, afirmou.

Tal como o padre Pedro, também o jovem voluntário Francisco, de 24 anos, esteve, há sete anos, em Cracóvia. O lisboeta faz um balanço mais positivo da organização portuguesa do que a polaca.

“Acho que Lisboa até está melhor preparada para receber umas jornadas do que a Cracóvia. Foi bastante mais difícil lá”, disse.

Já o pároco polcado Marius, diz que a organização portuguesa está equilibrada à da sua terra natal.
“Todos os eventos de grandes dimensões como este são difíceis. Acho que algumas coisas correram melhor na Polónia e outras melhor aqui em Portugal”, afirmou.
As críticas dos voluntários e peregrinos

Há, no entanto, algumas críticas. A localização e o número reduzido de casas de banho e de pontos de abastecimentos de água é o principal ponto negativo apontado pelos voluntários e peregrinos.

“Há sempre pessoas a pedir casas de banho mais próximas. Queixam-se que as casas de banho estão posicionadas em sítios onde alguns setores têm dificuldades a aceder. Mas acho que ia ser sempre difícil conseguirmos chegar a toda a gente”, disse a voluntária Ana Sofia Pascoal.

Para Jorge e Diogo, esta é também a única crítica a apontar. “Há coisas a melhorar. Podia haver mais bebedouros e casas de banho, mas tirando isso acho que está tudo bem”, disse Jorge, de 22 anos.

“Temos que caminhar muito para ir a uma casa de banho ou encher uma garrafa de água. Mas de resto acho que está tudo bem”, observou Diogo, de 17 anos.

Os 30 graus Celsius que se fizeram sentir esta sexta-feira não demoveram os peregrinos. Estima-se que tenham estado cerca de 800 mil pessoas esta tarde no Parque Eduardo VII para acompanhar a cerimónia da Via-Sacra, um dos pontos altos deste evento. Faltam agora dois dias para terminar a Jornada Mundial da Juventude.
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